A Chapa 600, que disputa o Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores em Paulista, tem sido alvo de perseguição pela atual direção do PT no município, que tenta, de todas as formas, impedir o processo de renovação do partido. O grupo denuncia manobras internas e pressões para deslegitimar sua candidatura, mas reafirma que a luta continua e que a chapa é uma resposta à exclusão e falta de diálogo da atual liderança.
A Chapa 600 enviou nota ao Portal das Cidades PE com duras críticas à atual condução do partido no município e um chamado à reconstrução da legenda. Sob o lema “PT de Todas as Lutas, Todas as Vozes”, o grupo denuncia o que classifica como um partido fechado, distante das bases, sem reuniões regulares ou diálogo com os movimentos sociais há mais de 20 anos. Segundo os integrantes da chapa, a direção atual se manteve no comando por meio de revezamentos internos, sem renovar práticas nem fortalecer a presença do partido nas comunidades.
“A chapa 600 nasce do inconformismo com essa realidade. Reunimos militantes do movimento sindical, das lutas por moradia, juventudes, mulheres, negros e negras, LGBTs e trabalhadores da base. Queremos um PT vivo, plural e combativo em Paulista”, afirma o grupo.
Ainda de acordo com a nota, o movimento sofreu uma tentativa de impugnação por parte da atual direção, numa tentativa de retirá-los do processo eleitoral.
“Tentaram nos calar com manobras burocráticas, porque sabem que representamos um projeto legítimo e necessário”, denunciam. No entanto, a Comissão Estadual do PED reconheceu a validade da chapa, garantindo sua permanência no pleito.
A Chapa 600 convoca todos os filiados e simpatizantes do partido para o dia 6 de julho, quando acontecerá a votação que definirá a nova direção municipal. O grupo lança como candidato a presidente do PT de Paulista o militante Nildo Soldado, figura histórica das lutas populares no município.
Na reta final da nota, a chapa reforça o compromisso com a reeleição do presidente Lula, o fortalecimento da candidatura de Humberto Costa ao Senado e a construção de uma bancada de deputados que represente os anseios populares.
“Eles tentaram nos calar. Mas o PT veio da democracia. Nós somos passarinhos. E eles… não passarão!”, finaliza o texto.