Brasília – 4 de junho de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão também inclui o pedido de inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, visando sua captura internacional.
Zambelli é acusada de contratar o hacker Walter Delgatti Neto para invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e forjar um mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes. O documento falso, segundo a investigação, visava desacreditar o Supremo e fomentar desinformação.
Deputada está no exterior
A deputada deixou o Brasil recentemente e se encontra nos Estados Unidos, com destino anunciado à Itália, onde possui cidadania. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva, argumentando risco de reiteração delitiva e tentativa de fuga da aplicação da lei penal.
Medidas determinadas pelo STF
Além da prisão e da inclusão na lista da Interpol, Moraes determinou uma série de medidas cautelares, como:
Bloqueio de passaportes da parlamentar;
Suspensão do mandato, incluindo salário e verbas de gabinete;
Bloqueio de contas bancárias, veículos, imóveis e redes sociais;
Multa diária de R$ 50 mil caso publique conteúdos considerados criminosos.
A pena definida é de 10 anos de reclusão, em regime fechado, além da perda do mandato parlamentar.
Defesa alega ilegalidade
Em nota, Carla Zambelli classificou a decisão como "ilegal e autoritária", e afirmou que não houve flagrante, como exige a Constituição para a prisão de parlamentares. A defesa pretende recorrer da decisão no próprio STF.